sábado, 7 de novembro de 2015

O Grupo de Estudos Sobre Religiosidade/Religiões de Matriz Africana em Santa Catarina - GERMA/SC sob a coordenação da Prof. Jeruse Romão e Graziela dos Santos Lima realizará o I Seminário de Religião Afro em Santa Catarina.
Abaixo cartaz para maiores informações.


quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Compartilhamos a programação do Mês da Consciência Negra promovido pela Prefeitura Municipal de São José e parceiros. 

O tema deste ano é: 

Consciência Negra - Por uma São José sem Racismo.

Programe-se e participe!


sexta-feira, 23 de outubro de 2015

O NEABI/USJ promove na Semana das Licenciaturas de Pedagogia e Ciências da Religião do palestra com as pesquisadoras Janaína Amorim e Helena Alpini Rosa sobre a Educação Inclusiva e as Tensões Étnico-Raciais na inclusão educacional de negros e indígenas no contexto brasileiro e de Santa Catarina. Uma oportunidade para atualização e parte importante da formação dos profissionais que atuarão na área da Educação.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

BONECAS ABAYOMI


    No Brasil, as bonecas Abayomi são conhecidas como bonecas de pano artesanal muito simples, confeccionadas a partir do reaproveitamento de tecidos e feitas apenas de nós, sem uso de cola ou costura e com o mínimo uso de ferramentas. Sempre aludindo às mulheres negras, possibilitam o trabalho com a identidade afro-brasileira de negros e descendentes, buscando superar as desigualdades de gênero, integrando a memória cultural brasileira.
        A palavra Abayomi tem origem incerta. Um dos significados conhecidos é “encontro precioso”, sendo que abay= encontro, omi=precioso. Conta-nos a história africana, que na África do Sul elas eram confeccionadas como amuleto de proteção. Nas viagens forçadas para o Brasil em direção à escravidão, as mulheres rasgavam a barra das saias e faziam Abayomi para as crianças brincarem. E já aqui, como escravos, reuniam-se  nas senzalas e confeccionavam as Abayomis, pedindo saúde e prosperidade. O trabalho com as Abayomi valoriza a cultura afro-brasileira, estimulando a expressão criativa, além de ser uma opção moderna para reciclagem/reaproveitamento de tecidos.
      O reconhecimento e identificação que as bonecas propiciam às crianças afro-brasileiras e o trabalho com a estética africana foram objetos na Oficina de Produção de Bonecas Abayomi promovida por Cleusir Pacheco, membro do NEABI/USJ na Semana das Licenciaturas USJ.
Muita arte, educação e diversidade!


quarta-feira, 16 de setembro de 2015




A Coordenação do Curso de Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica tem a satisfação de convidar você para participar e prestigiar a programação da 9ª Primavera dos Museus, evento a ocorrer de 22 a 25 de setembro de 2015 no Museu de Arqueologia e Etnologia da UFSC.
Confira no folder maiores informações.


domingo, 6 de setembro de 2015

Tecendo Africanidades: encontro de arte e cultura negra da Grande Florianópolis

O Fórum Setorial de Cultura Negra comunica que estão abertas as inscrições para submissão de trabalhos de artesanato, bem como de propostas para apresentações culturais com atuação na temática africana ou afrobrasileira para compor o evento Tecendo Africanidades: encontro de arte e cultura negra da Grande Florianópolis. O evento ocorrerá nos meses de outubro e novembro em datas ainda a serem divulgadas, no centro histórico de Florianópolis. 
Quem pode se inscrever:
Artesanato - pessoas com trabalhos reconhecidos na temática afro..
Apresentação cultural – pessoas ou grupos que desenvolvam trabalhos artísticos, estéticos e/ou teatrais na temática afro. 
Obs.: os interessados devem enviar mini-currículo cultural e fotos com os produtos ou atividades desenvolvidas para o e-mail setorialnegrafpolis@hotmail.com . até a meia noite do dia 14 de setembro de 2015. 
Serão selecionados 30 trabalhos de artesanato e 15 trabalhos culturais (teatro, dança, música, capoeira, pintura). Os trabalhos inscritos serão avaliados por comissão formada pelo Fórum Setorial de Cultura Negra, entre os dias 15 a 19 de setembro. 
Obs.: O candidato deverá informar os recursos físicos necessários para a realização do seu trabalho. (equipamento de som, barracas, ponto de luz, etc.) 

Para maiores esclarecimentos 
e-mail: setorialnegrafpolis@hotmail.com
(48) 9609-6107 8447-3834

Disponível em: https://www.facebook.com/events/929443597117292/

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Igualdade e o sistema de cotas


“Quando ele falou que ia fazer vestibular eu comentei: ele vai passar. Bateu assim
na minha mente: esse rapaz vai passar! (...) Quando ele entrou na UEL precisava
de foguete. (...) A D. Pascoalina que é parteira já disse também que tem mais
coisa vindo por aí.” Sr. Samuel, 77 anos, avô de Fabrício, 20 anos, estudante bolsita do curso de Educação Física da UEL (Diário de Campo, NUNES 2007).

A epígrafe acima trata do pioneirismo de um jovem que ingressou no ensino superior e que é o grande orgulho de sua família cujos membros antes dele não puderam considerar real a possibilidade da educação em nível superior. Assim como ele, tantos outros jovens tornaram essa uma aspiração possível graças ao sistema de cotas. No bojo das políticas afirmativas, esse sistema preconiza a reserva de vagas em instituições de ensino superior para parcelas da população historicamente privadas desse direito. É parte das políticas governamentais que, valendo-se da máxima aristotélica de “tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais” (GONZAGA 2009) e conscientes do histórico abismo étnico-racial construído na sociedade brasileira, busca restituir a igualdade social por meio da compensação de desigualdades preexistentes.
Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) de 1999 dão conta de que apenas 2% dos jovens negros entre 18 e 25 anos ingressaram na universidade contra um percentual de 11% dos jovens brancos na mesma faixa etária (NUNES 2007). Tais dados expressam um déficit geral no acesso ao ensino superior, mas demonstram, sobretudo, que para alguns (os negros) o ensino superior era praticamente inacessível.  Após a disseminação das políticas afirmativas pelo país, em 2010, dados do mesmo instituto dão conta de que o percentual de negros subiu para 8,3% e o de brancos para 14% (IPEA, BRASIL 2014). Claramente foi promovida uma diminuição do déficit que acompanhava a população negra.
Nesse contexto, o sistema de cotas como parte de uma política educacional vem cumprindo o dever estatal preconizado pela CF/1988 de construção de uma sociedade livre, justa e solidária e auxilia no comprimento do seu art. 5º no que se refere a promover a igualdade entre os cidadãos (BRASIL, 1988). Conforme mencionado com a citação de Aristóteles, a justa promoção da igualdade pede por vezes, tratamentos diferenciados, envolvendo ações de cunho reparatório/compensatório (SEIFFERT e HAGE 2008).  As cotas se inserem justamente na lacuna deixada por uma educação que por muito tempo negligenciou a reação contra a conduta racista que determinava a uma parcela da população, seja a qual a população negra, que a mobilidade para o ambiente acadêmico não lhe era permitida. (NUNES 2007). É um sistema que busca a justa medida ao passo que promove a superação das desigualdades, não se constituindo jamais, ele mesmo um mecanismo discriminatório.

Autora: Fernanda Ribeiro – Membro Neabi USJ

REFERÊNCIAS

BRASIL. “Constituição (1988).” Constituição da República Federativa do Brasil.. Edição: 1988. Senado. Brasília: Disponível em: <http://www.planalto.gov .br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>.  Acesso em 25 jul. 2015
GONZAGA, Álvaro de Azevedo. “O Princípio da Igualdade: é juridicamente possível no ordenamento jurídico existirem leis discriminatórias?” Scientia FAER . Publicado em 10 jun. 2009. Disponível em: < http://www.faer.edu.br/ revistafaer/artigos/edicao1/1-10_alvaro_de_azevedo_gonzaga%5B1%5D.pdf>) Acesso em 25 jul. 2015
IPEA, BRASIL. “IPEA.” Políticas Sociais - Acompanhamento e análise (com anexo estatístico). 30 de set. de 2014. Disponível em: <http://www.ipea.gov .br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=23602> . Acesso em 28 de ago. de 2015.
NUNES, Georgina Helena Lima. “A Permanência da População Negra na Universidade Estadual de Londrina.” In: Acesso e Permanência da População Negra no Ensino Superior, por Maria Auxiliadora LOPES e Maria Lúcia de Santana (Orgs.) BRAGA, 319-347. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade; UNESCO, 2007.
SEIFFERT, O. M. L. B., e S. M. HAGE. “Políticas de Ações Afirmativas para a Educação Superio no Brasil: da intenção à realidade.” In: Educação Superior no Brasil - 10 anos Pós-LDB, por M. BITTAR, J. F. OLIVEIRA e M. (Orgs.) MOROSINI, 143-150. Brasília: INEP, 2008.


sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Apresentações Parte I - Fernanda Ribeiro

Graduada em Processos Gerenciais - SENAC SC (2012). Cursando Licenciatura Plena em Ciências da Religião, com enfoque no fenômeno religioso, seu impacto sócio-histórico-cultural, e o ensino religioso no contexto da laicidade. Cursando Especialização em Docência no Ensino Superior na Unicesumar, Maringá - PR. Membro Discente do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas - Centro Universitário Municipal USJ São José - SC. Atua com pesquisa na temática afro-brasileira e indígena; com o fenômeno religioso e suas imbricações sócio-histórico-culturais e se interessa pela ensino religioso no contexto da laicidade.


Objetivos: Pretendo com os instrumentos impessoais da Ciência lembrar ao mundo que todo o conhecimento da Humanidade não tem outra razão de ser, senão o de fazer do mundo um lugar no qual todos os sujeitos se sintam igualmente pertencentes.

Fonte (imagem): http://entrementes12c.blogspot.com.br/2013/03/o-multiculturalismo.html

sábado, 22 de agosto de 2015

NEABI - USJ

Com o objetivo de promover atividades de pesquisa, extensão e apoio ao ensino o NEABI-USJ tem a proposta de divulgar conhecimentos produzidos sobre a temática da diversidade cultural e das populações de origens africana e indígena no município de São José e no estado de Santa Catarina. O Núcleo está vinculado aos cursos de Pedagogia e Ciências da Religião, tendo como o coordenador Prof. Dr. Sandor Fernando Bringmann (docente dos cursos de Pedagogia e Ciências da Religião) e os acadêmicos voluntários de Iniciação Científica Naira Martins (2ª fase/Pedagogia), Eduardo Antônio dos Santos e Fernanda Mariana Ribeiro (3ª fase/ Ciências da Religião). Com a institucionalização e consolidação do NEABI-USJ pretende-se reforçar ainda a formação inicial e continuada de professores do município e região, por meio de atividades voltadas para o respeito à diversidade étnico-racial no universo social e educacional. Em breve, mais informações serão disponibilizadas.